
Que na fidelidade ao chamado do Senhor
Estiveste firme ao pé da cruz
Amar os pecadores e pobres.
Ó mulher pobre,
Que educaste com amor e confiança
O menino Verbo de Deus feito carne,
Aquele que se tornou igual a nós
Amando-nos até as últimas conseqüências.
Ó mulher da libertação,
Que foste fecundada pela força do Amor
E engravidando-te por inteira serviste
Ao Servo libertador de Javé
Seguindo-o fielmente nesta vida.
Ó mulher mãe dolorosa,
Que foste sensível ao desespero da falta de vinho
Na festa dos noivos de Caná,
Olha com ternura
O clamor das mães de nosso mundo
Que desesperadas clamam por dignidade.
Ó mulheres órfãs,
Mulheres mães solteiras,
Desempregadas e lavadeiras,
Presidiárias, prostituídas e excluídas,
Aprendei de Maria de Nazaré
A serem perseverantes no caminhar
das regiões montanhosas da vida.
Virgem dolorosa ao pé da cruz,
Ensina-nos a amar Jesus
A fim de que não percamos a sensibilidade
e a ternura
De sermos fiéis discípulos
e missionários
do Pobre de Nazaré,
Que espera por nós nas ruas
e vielas da vida das
mulheres e homens
Crucificados da história.
Tiago
de França